Felipe Rigon
Cíntia, A Trigésima Primeira
Este é um livro sobre amor, escrito de forma apaixonada. E como se não bastasse trazer uma importante discussão para nossa cultura, a dos estigmas, da inclusão social, Felipe a faz com uma maneira que em si é uma contribuição. As diferenças, que nos fazem ser quem somos, precisam de um olhar que as escolha. É uma tarefa difícil. E por vezes esse olhas precisa ser diferenciado para além daquele a quem acolhemos através de um ato amoroso, e é preciso que chegue aos outros que também participam da vida dessas pessoas, e que se abra então um trabalho político. Uma cultura inclusiva se constrói com atos corajosos, como a publicação deste livro. Aqui lemos as palavras de alguém que consegue acolher e que também possui a coragem de lutar para que, cada vez mais, possam haver espaços para a singularidade de cada sujeito. Publicar um escrito é tornar público um sentimento. E o que senti, além do amor à Cíntia e a sua família, foi esta importante luta pelo respeito ao lugar singular que merecem os vários corpos, comportamentos, personalidades e modos de viver que cada um de nós temos o direito de realizar.